Bruno Giorgi
Filho
de italianos da Toscana, Giorgi nasceu no Brasil, em Mococa 1905, mas logo cedo
em 1911, foi para a Itália. Em Roma, entrou por engano naquele curso de
escultura e envolveu-se na política – era filho de anarquistas. Participa de
movimentos antifascistas. Em 1931, é preso por motivos políticos e condenado a
sete anos de prisão.
OBRA
DA SEMANA- CANDANGOS
Escultura em bronze, conhecida como “Os
Guerreiros” ou “Os Candangos” criada em 1959, possuí 8 metros de altura .Está localizada na Praça dos Três Poderes, em Brasília.
“Candango” era o nome que os africanos
usavam para referir-se a seus colonizadores portugueses, termo pejorativo para
um individuo ordinário, ruim. Contudo, no Brasil, a palavra mudou sua
conotação, agora se referindo positivamente as pessoas que trabalhavam na
construção da capital. Ou seja, Juscelino Kubitschek era um baita “candangão”.
Daí o porquê da mudança. Anteriormente “Os Guerreiros”, hoje o monumento é
conhecido como “Os Candangos”. Em 1959 a palavra ganhava assim outro estatuto,
o de sinônimo de desbravador, de homem que confia no progresso, de brasileiro
comum, operário de Brasília. Sobre isso, o próprio Giorgi revelou: “Eu fiz os
guerreiros que foram fundidos aqui no Rio de Janeiro. E eu tinha feito uma
maquete de um metro e meio ai eles aprovaram, a comissão aprovou, inclusive o
Oscar Niemeyer aprovou. Então depois eu ampliei aqui, fiz com 9 metros de
altura. Depois tem um pequeno pedestal, depois tem dois elementos que se
abraçam que chamam de guerreiro, mas o meu sonho era fazer uma homenagem ao
candango. Tanto que depois veio pôr nome de candango. Isso aqui é um monumento aos candangos”.
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