sexta-feira, 30 de agosto de 2013

Giuseppe Arcimboldo


Giuseppe Arcimboldo (pronuncia-se Artchimboldo) nasceu em  Milão,no ano de 1527. É considerado um dos mais célebres representantes do maneirismo[i].
Iniciou-se na vida artística aos 22 anos, projetando os vitrais da catedral de Milão, juntamente com seu pai.
Em 1562, Arcimboldo deixou a sua terra e entrou na corte do imperador Rodolfo II, em Praga, onde foi estimado e bem tratado por ele, sendo recebido com grande amabilidade e obtendo um bom salário. Serviu os imperadores como arquiteto, cenógrafo, engenheiro, organizador de festejos e criador de máscaras e fantasias. Os imperadores adquiriram objetos, plantas e animais exóticos vindos de todas as partes do mundo para enriquecer o atelier de arte . Era aí que Arcimboldo estudava cada pormenor dos animais e plantas que utilizava em seus quadros.
 O artista morreu em Milão, no ano de 1593, e seu trabalho caiu no esquecimento por aproximadamente 300 anos, até ser redescoberto pelo Movimento Surrealista, entre os séculos XIX e XX.


                                                               Foto do artista

Obra da Semana: As Quatro Estações

Em 1563, ele produziu a série “As Quatro Estações”. O tema agradou tanto a nobreza da corte que Arcimboldo recebeu inúmeros convites para pintar, inclusive do próprio imperador Rodolfo II.
Suas pinturas mostram composições de frutas, legumes, animais e objetos exóticos que, olhados com atenção, nos permitem entrever figuras humanas.
O toque de mestre do pintor foi utilizar, em cada tela, elementos que correspondessem ao tema retratado; assim, “A Primavera” é composta basicamente por flores, “O Verão”, por frutas próprias dessa estação, “O Outono”, por folhas e frutas dessa época do ano e “O Inverno”, por uma "árvore sem folhas". O mesmo acontece com o restante de sua obra.

                                                               Primavera
                                                                    Verão
                                                                   Outono
                                                                     Inverno

http://www.educacional.com.br/projetos/arcimboldo/galeria.asp



[i] Estilo artístico dos sécs. XVI e início do XVII, sobretudo na pintura, em cujas obras se destaca o aspecto ornamental, o abandono da simetria renascentista e a busca de efeitos estranhos que apontam para a arte moderna, como o alongamento das figuras humanas e as perspectivas inusitadas.
Read more: http://aulete.uol.com.br/maneirismo#ixzz2dSWWS7FS

quinta-feira, 22 de agosto de 2013

Bruno Giorgi


Bruno Giorgi 

Bruno Giorgi (Mococa (São Paulo), 13 de agosto de 1905 1993), foi um escultor e professor brasileiro.
Filho de imigrantes italianos, em 1911 regressa à terra natal e, em Roma, dedica-se à escultura. Na década de 1920, durante o fascismo italiano, Bruno Giorgi torna-se membro da resistência e é preso em Nápoles. Depois de quatro anos,por sua naturalização, é extraditado para o Brasil.
Participa na Guerra Civil Espanhola ao lado dos republicanos, mas, "no interesse da própria luta", permanece em Paris (1937) e frequenta as academias "La Grande Chaumière" e "Ranson", tendo sido, nessa última, aluno de Aristide Maillol, que passa a orientá-lo. Conviveu com Henry Moore, Marino Marini e Charles Despiau.
Em 1939, de volta a São Paulo, integra-se ao Movimento modernista brasileiro ao lado de Vitor Brecheret e Mário de Andrade. Trabalhou com os artistas do Grupo Santa Helena e participou da exposição do grupo Família Artística Paulista. A convite do ministro Gustavo Capanema, em 1943, mudou-se para o Rio de Janeiro, onde instalou ateliê na Praia Vermelha. Faleceu em 1993 no Rio de Janeiro.




Obra da Semana: Meteoro 

A escultura foi produzida com mármore branco de carrara, localizada sobre o espelho d'água em frente ao Palácio do Itamaraty, em Brasília. A obra de arte que foi esculpida entre 1967 e 1968 é montada com cinco partes de uma esfera estilizada, significando os laços diplomáticos entre os cinco continentes.

 
 


 

Curisiosidades: 

Itamaraty


O Palácio do Itamaraty é a sede do Ministério das Relações Exteriores do Brasil e tem uma das mais belas coleções de arte de Brasília. Entre elas estão painéis de Athos Bulcão, obras de Rubem Valentim, Sérgio Camargo, Maria Martins e Alfredo Volpi. A escultura O Meteoro, de Bruno Giorgi, fica no espelho d'água que rodeia o Palácio e representa todos os continentes do planeta.
 
Características gerais da edificação
O conjunto que abriga o Ministério das Relações Exteriores, conhecido por Itamaraty, compreende três prédios, com uma área construída total aproximada de 75.000 m 2. O Palácio propriamente dito tem a forma quadrada em planta, com 84m x 84m e altura total de 17,56m, sendo 4,27m no subsolo, situando-se na pista Sul do Eixo Monumental, denominada Via S1.

Mármore de Carrara:

Carrara é uma comuna italiana da região da Toscana, província de Massa-Carrara. O mármore de Carrara é famoso desde a Roma Antiga, quando foi utilizado para construir o Panteão. Muitas esculturas do Renascimento, como por exemplo David de Michelangelo também foram esculpidas em mármore de Carrara.
 

              //www.flickr.com/photos/aragao/8110414759/
 

terça-feira, 13 de agosto de 2013

Victor Brecheret


Victor Brecheret (Farnese, 22 de fevereiro de 1894 — São Paulo, 17 de dezembro de 1955) foi um escultor ítalo-brasileiro, considerado um dos mais importantes do país. É responsável pela introdução do modernismo na escultura brasileira.

Nasceu numa pequena localidade não distante de Roma, Farmese. Filho   de Augusto Breheret e Paolina Nanni, falecida quando o pequeno Vittotio tinha apenas 6 anos idade.

Embora tivesse nascido na Itália, Brecheret (acrescentou o “c” no seu sobrenome) consolidou a sua nacionalidade brasileira.

Ainda moço frequentou as aulas de entalhe em gesso e mármore do Liceu de Artes e Ofícios de São Paulo, onde mais tarde viria a utilizar o ateliê e seus aprendizes para moldar suas obras. Amadureceu estudando na Europa, onde entrou em contato com as vanguardas artísticas que ocorriam nas décadas de 1910 e 1920.

Participou da Semana de Arte Moderna de 1922, expondo vinte esculturas no saguão e nos corredores do Teatro Municipal de São Paulo.

Em 1920 ganhou um concurso internacionale de maquetes para a construção de uma grande escultura em São Paulo (o futuro Monumento às Bandeiras). Em 1923 o governo do Estado de São Paulo encomendou-lhe a execução do Monumento às Bandeiras, projeto a que Brecheret viria a se dedicar nos vinte anos seguintes. O Monumento às Bandeiras foi a maior obra de Brecheret e demorou 33 anos para ser construído (1920—1953), localizada na entrada do Parque do Ibirapuera na cidade de São Paulo, capital do estado brasileiro de São Paulo.
 
                                              Victor Brecheret
 

Obra: Monumento às Bandeiras (art déco)
 
A escultura com 240 blocos de granito, cada um pesando aproximadamente 50 toneladas, com cinquenta metros de comprimento e dezesseis de altura, foi inaugurada em 1954, juntamente com o Parque do Ibirapuera para as comemorações do IV Centenário da cidade de São Paulo.
A obra representa os bandeirantes, expondo suas diversas etnias e o esforço para desbravar o país. Além de portugueses (barbados), vemos na obra negros, mamelucos e índios (com cruzes no pescoço), puxando uma canoa de monções, utilizadas nas expedições fluviais.
 

 
 
 Significado de Monção:
Monção (do árabe: موسم (mausim), estação), é a designação dada aos ventos sazonais, em geral associados à alternância entre a estação das chuvas e a estação seca, que ocorrem em grandes áreas das regiões costeiras tropicais e subtropicais.